Ensaio aberto, na praça do Teatro
Dizem que
baiano não nasce, estreia. É um fato. E por que será que dizem isso? Talvez
seja pelo fato de todo baiano ser artista. Uns mais, outros menos. Mas, sempre
tem um “Q” de arte e cultura em toda ação do baiano. Nós fazemos as coisas com
esmero, com dedicação, que beira à perfeição, sem nenhum exagero. Não temos
culpa de sermos detalhistas, de cuidar dos pormenores.
Premissas à
parte, a questão é que estamos à porta de uma estreia. E, assim como as outras,
elas são sempre do mesmo jeito. Por mais que tudo esteja adiantado, pronto,
finalizado, aquele friozinho percorre a espinha e só depois que as cortinas se
fecham é que a gente pode respirar aliviado... ou não!
Portanto,
chegou a hora do check-list: Cenário? Ok. Figurino? Ok. Ingressos? Ok. Cartazes, folders, banners, outdoor,
faixas? Ok, ok, ok, ok… ops! Faltam as faixas. Corre pra fazer a faixa. Quantas
vão ser colocadas? Onde? Quem vai pagar? A gente não ia colocar big-hand? Por
que mudou de ideia? Quem disse que não colocaria? Cadê o produtor executivo?
Mandamos os convites para os patrocinadores? As camisas já chegaram? Por que a
trilha ainda não está pronta? Quem ficou responsável por fazer a distribuição
dos convites?
O bom de tudo isso é que iremos fazer uma Avant Premiére, ou seja, uma primeira exibição gratuita, para patrocinadores, amigos, parentes e educadores. Afinal, o tema do espetáculo é drogas. E ela tem sido cada vez mais abordada nas escolas, na mídia e nos lares. Ao mesmo tempo em que aumentam as informações sobre o assunto, cresce também o temor de pais e educadores. Esse temor pode impulsionar medidas corretas no sentido de prevenir e tratar a dependência química, mas também pode levar a medidas extremadas, algumas vezes prejudiciais ao próprio indivíduo doente.
Capitães do
Morro fala da dependência, mas, também, do tráfico, do poder, do comando. Das
relações e das pessoas, das escolhas e dos conflitos, da vida e da morte. Para
compreender melhor a força dos sentimentos envolvidos na trama, suscitamos um
debate após cada apresentação. Para que alunos e professores compreendam que a
droga mistura sentimentos de raiva e paixão, deflagrando comportamentos às
vezes impulsivos e desatinados.
Bem, é isto.
Graças ao Fundo de Cultura da Bahia, através da Secretaria Estadual de Cultura
e da Secretaria Estadual da Fazenda, que estamos estreiando mais um trabalho.
Nós só temos a agradecer. Nosso muito obrigado também aos parceiros locais:
Fundação Cultural de Ilhéus, Imapel, Sindicato dos Bancários e Jackart. Que
venha 15 de junho de 2012.
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