sexta-feira, 25 de maio de 2012

A ESTREIA ESTÁ CHEGANDO

Ensaio aberto, na praça do Teatro

Dizem que baiano não nasce, estreia. É um fato. E por que será que dizem isso? Talvez seja pelo fato de todo baiano ser artista. Uns mais, outros menos. Mas, sempre tem um “Q” de arte e cultura em toda ação do baiano. Nós fazemos as coisas com esmero, com dedicação, que beira à perfeição, sem nenhum exagero. Não temos culpa de sermos detalhistas, de cuidar dos pormenores.

Premissas à parte, a questão é que estamos à porta de uma estreia. E, assim como as outras, elas são sempre do mesmo jeito. Por mais que tudo esteja adiantado, pronto, finalizado, aquele friozinho percorre a espinha e só depois que as cortinas se fecham é que a gente pode respirar aliviado... ou não!

Portanto, chegou a hora do check-list: Cenário? Ok. Figurino? Ok. Ingressos? Ok. Cartazes, folders, banners, outdoor, faixas? Ok, ok, ok, ok… ops! Faltam as faixas. Corre pra fazer a faixa. Quantas vão ser colocadas? Onde? Quem vai pagar? A gente não ia colocar big-hand? Por que mudou de ideia? Quem disse que não colocaria? Cadê o produtor executivo? Mandamos os convites para os patrocinadores? As camisas já chegaram? Por que a trilha ainda não está pronta? Quem ficou responsável por fazer a distribuição dos convites?




O bom de tudo isso é que iremos fazer uma Avant Premiére, ou seja, uma primeira exibição gratuita, para patrocinadores, amigos, parentes e educadores. Afinal, o tema do espetáculo é drogas. E ela tem sido cada vez mais abordada nas escolas, na mídia e nos lares. Ao mesmo tempo em que aumentam as informações sobre o assunto, cresce também o temor de pais e educadores. Esse temor pode impulsionar medidas corretas no sentido de prevenir e tratar a dependência química, mas também pode levar a medidas extremadas, algumas vezes prejudiciais ao próprio indivíduo doente.

Capitães do Morro fala da dependência, mas, também, do tráfico, do poder, do comando. Das relações e das pessoas, das escolhas e dos conflitos, da vida e da morte. Para compreender melhor a força dos sentimentos envolvidos na trama, suscitamos um debate após cada apresentação. Para que alunos e professores compreendam que a droga mistura sentimentos de raiva e paixão, deflagrando comportamentos às vezes impulsivos e desatinados.

Bem, é isto. Graças ao Fundo de Cultura da Bahia, através da Secretaria Estadual de Cultura e da Secretaria Estadual da Fazenda, que estamos estreiando mais um trabalho. Nós só temos a agradecer. Nosso muito obrigado também aos parceiros locais: Fundação Cultural de Ilhéus, Imapel, Sindicato dos Bancários e Jackart. Que venha 15 de junho de 2012.

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